sábado, 6 de março de 2010

Especial Dogs

Animais sofrem com a ausência dos donos


fonte: globo.com

 O filme ‘Sempre ao seu lado’ conta a história de Hachiko, cão da raça akita que ganhou uma estátua na estação de trem de Shibuya, no Japão, por sua lealdade e seu amor. Hachiko, que acompanhava seu dono de casa para a estação, de manhã, e da estação para casa, no fim da tarde, continuou a esperá-lo no lugar de costume, depois da morte dele, durante dez anos. Casos como esse levantam uma questão: os bichos também sentem saudade?



Segundo a veterinária Rita Ericson, da Vet Clinic, a saudade é um sentimento humano, mas exemplos como o de Hachiko são mais comuns do que se imagina. “Os bichos, em especial os cães, sofrem com a ausência do dono e até de outro animal com o qual estavam acostumados a conviver”, diz ela.



Veja o trailer oficial do filme ‘Sempre ao seu lado’



De acordo com Rita, especializada em comportamento animal, o sofrimento se manifesta não só em casos de morte, mas também quando o dono ou o outro bicho fica muito tempo longe. Mas é preciso ter cuidado para não confundir a tristeza com ansiedade de separação, um mal comum entre animais que passam muito tempo sozinhos. “O melhor que alguém pode fazer por um bicho triste ou ansioso é oferecer atividades físicas, como passeios e adestramento, além de brinquedos interativos”, explica a veterinária.



Sintomas



Identificar os sintomas da ansiedade de separação é fácil: o animal se lambe em excesso, costuma roer as unhas e pode até morder as próprias patas, causando ferimentos. “Latidos constantes assim que o dono sai de casa, destruição de objetos e coco no meio da sala também são indícios desse distúrbio”, garante Rita.



No caso da morte do dono, o ideal é que o animal fique com alguém que goste dele e com quem já tenha laços. Terapias alternativas como o uso de florais, sob a supervisão de um veterinário, podem ajudar a resolver o problema, assim como misturar frango desfiado à ração ou oferecer outro alimento preferido do bichinho funciona em casos de perda de apetite. “Os animais são diferentes entre si, mas, de modo geral, têm grande capacidade de adaptação e se recuperam relativamente rápido”, assegura Rita.



Na foto, o cão akita Hachiko. Foto: Divulgação (podem ver a foto no site globo.com)
 
 
Você viaja e seu bichinho fica? Saiba o que fazer para sair tranquilo
 

fonte: globo.com

 A chegada do verão também é época de férias escolares e festas de fim de ano, período em que muita gente aproveita para viajar. Mas o que fazer quando a família inclui um animal de estimação que não poderá ir junto? Segundo a veterinária Alessandra Seixas Martins, da Black-Tie, o ideal é deixar o bichinho em um lugar especializado em hospedagem. “Geralmente, os animais ficam em acomodações individuais e confortáveis. No caso dos cães, por exemplo, ainda é feita uma divisão por porte e temperamento, para facilitar a socialização”, diz ela.



A profissional conta que alguns canis oferecem monitoramento 24 horas, via internet. O dono recebe uma senha e pode acessar a qualquer hora o site do local, a fim de descobrir o que seu melhor amigo anda fazendo. “Na hora de escolher a hospedagem, evite as clínicas que oferecem esse serviço. Por mais que a higiene do local seja rigorosa, é como se você estivesse deixando seu bichinho em um hospital. O risco de contrair uma doença sempre é maior”, afirma Alessandra.



Quem tem gatos precisa de atenção redobrada. Alguns ficam bem em gatis, mas a maioria se sente melhor quando não muda de ambiente, já que seu sentido de território é mais apurado do que o dos cães. “O proprietário pode pedir a alguém de confiança para ficar em casa com o animal ou ir vê-lo durante sua ausência, no mínimo uma vez ao dia, para dar comida, trocar a água, fazer um pouco de companhia e cuidar da higiene. Mas, ainda assim, é comum os felinos se sentirem abandonados e ignorarem o dono na volta, pelo menos por algum tempo”, explica Alessandra.



Já os cachorros tendem a tolerar melhor as mudanças de ambiente. Por isso, quem não quiser deixar o bichinho em um canil pode hospedá-lo na casa de alguém que conheça o animal e tenha tempo para cuidar dele. “De um dia para o outro não é tão complicado o cão ficar sozinho em casa, desde que haja uma pessoa que possa ir lá e cuidar dele. Mas, como os cachorros gostam de companhia, não podem ser deixados sozinhos por longos períodos”, ensina a veterinária.



Alessandra ainda faz uma ressalva sobre animais domésticos e as festas de fim de ano. “É preciso ter cuidado com a queima de fogos na noite do réveillon. Há casos de bichos que ficam aterrorizados e precisam de tranqüilizante, do contrário passam mal ou se desesperam a tal ponto que podem sofrer um acidente tentando fugir do barulho pulando uma janela, por exemplo”, alerta ela.


Tenha cuidado: você pode transmitir doenças ao seu bichinho


fonte: globo.com
 Muito se fala das doenças que os bichos transmitem para os seres humanos, mas o que a maioria das pessoas não sabe é que os donos também podem colocar em risco a saúde dos seus melhores amigos. Segundo o veterinário André Sena Maia, da Zoo Medical, mamíferos e aves estão sujeitos às zooantroponoses, isto é, infecções passadas do homem para os animais. “Boa parte dessas doenças são transmitidas pela saliva”, explica ele.



No caso de um simples resfriado, as infecções bacterianas secundárias são uma ameaça para mamíferos em geral. “Quando se trata de ferrets jovens, por exemplo, um resfriado transmitido pelo dono é fatal”, diz André. Outra doença perigosa para os mamíferos é a tuberculose, que costuma atacar pessoas com o sistema imunológico baixo. “Geralmente, o animal fica doente cheirando ou lambendo alguma coisa contaminada pelo bacilo”, alerta o veterinário.



Papagaios, periquitos e outras aves sofrem com a cândida, tipo de fungo normalmente encontrado na saliva humana. “O hábito de deixar a ave pegar alimentos na boca do dono é um transmissor de cândida em potencial. A temperatura do corpo das aves é muito alta, em torno de 41 graus. Isso favorece a proliferação de fungos”, conta André. Já a herpes humana, transmissível na fase em que aparecem lesões na boca ou em outras partes do corpo, é fatal para primatas como os saguis.



Algumas medidas simples ajudam a proteger a saúde de cães, gatos e afins. Não oferecer ao bicho comida retirada da boca de uma pessoa ou cortada pelos dentes de alguém, lavar as mãos antes de pegar nos animais e não usar em casa os mesmos sapatos que circulam pela rua são essenciais para evitar futuras dores de cabeça. “Os sapatos trazem muita sujeira e espalham vírus pelo chão de casa. Eles são a maior fonte de contaminação dos animais”, afirma André.