sexta-feira, 2 de julho de 2010

ENTREVISTA EXCLUSIVA: Tyson Houseman fala sobre A Saga Crepúsculo: Eclipse

Em entrevista exclusiva, Tyson Houseman, que interpreta Quil Ateara, conta mais sobre sua personagem no novo filme da saga Crepúsculo: Eclipse e como foi trabalhar nele.

O ator Tyson Houseman interpreta o membro da alcateia e melhor amigo de Jacob Black (Taylor Lautner) Quil Ateara no novo filme. Ainda que a personagem de Houseman não tenha aparecido no primeiro filme, ele esteve presente em Lua Nova. Agora ele se transforma em lobisomem pela primeira vez em Eclipse e também verá seu papel se expandir de outras formas. Recentemente tivemos a oportunidade de conversar com Tyson Houseman sobre o novo filme, seu papel, como ele o conseguiu e o que as fãs podem esperar deste capítulo mais recente da franquia. Aqui está o que o ator teve a dizer:

Para começo de conversa, em Eclipse sua personagem vai se transformar em lobo pela primeira vez, como foi esta experiência para você? Foi algo que você estava esperando desde Lua Nova e você já viu como o efeito ficou na tela?

Tyson Houseman: É verdade sim. Bem, eles na verdade me mostraram como meu lobisomem em específico aparece em computação gráfica e ficou muito legal. Pareceu muito legal e estou ansioso para vê-lo na tela grande. Realmente ver as imagens do lobo ajudaram porque me deram uma ideia do que eu realmente estava trabalhando, porque antes eu não tinha muito para trabalhar em cima. Eu sabia que era um lobisomem mas o que isso realmente significa? Então ter a imagem para ajudar a definir [a atuação] ajuda muito. E ele era bem mais legal do que eu tinha imaginado.

Sua personagem sofre imprinting pela primeira vez neste filme, você pode nos contar sobre esta cena e como foi filmá-la?

Tyson Houseman: É, é uma parte muito importante para minha personagem. Tiraram muito sarro de mim porque minha personagem sofre imprinting com uma garota de dois anos de idade. No início, parece meio assustador, mas no filme eles realmente fazem um bom trabalho explicando toda a ideia de como você não tem escolha, e como é amor à primeira vista. Não tem que ser uma coisa romântica se há um abismo de idades ou coisa do tipo. Então eu acho que da forma que eles explicam no filme faz justiça [ao livro]. Eles realmente contam muito bem.

Você tem um diretor diferente em Eclipse do que trabalhou em Lua Nova, então poderia falar sobre as diferenças entre trabalhar com Chris Weitz e David Slade? Como o elenco se adaptou ao trabalho com o novo diretor e que tipo de nova perspectiva Slade pôde trazer ao filme?

Tyson Houseman: Bem, foi muito legal ter a oportunidade de ter dois diretores diferentes no primeiro grande filme em que estou trabalhando. Foi uma forma ótima de mergulhar na ideia de trabalhar com cinema e coisas do tipo. No trabalho com Chris Weitz, ele foi muito divertido e é um cara extremamente legal. Ele sempre encontrava uma forma de fazer piada no set e me deixar realmente confortável. Ainda que, às vezes, eu tivesse feito algo de errado, nunca me senti mal porque ele me deixou à vontade e me fazia entender que dava para fazer do jeito certo. Chris deixa você livre e você encontra o jeito de acertar a fala ou o take simplesmente por causa dessa zona de conforto.

[Slade] foi um diretor muito esperto e muito prático. Ele prestava atenção aos mínimos detalhes. Foi legal porque eu podia dizer uma fala mil vezes e para mim soava do mesmo jeito, mas ele dizia "não, não, tenta diferente, só um pouquinho". Ele era capaz de falar sobre ideias por trás de coisas diferentes e realmente ajudou a passar a mensagem, entende? Eclipse é definitivamente o mais sombrio de todos os livros da série, e o meu predileto também, então acho que David Slade é o cara perfeito para a estória. Há toda uma cena de guerra que acontece e isso parece que é o forte dele, então estou realmente empolgado para ver como a versão final vai ficar.

Você pode nos contar algo sobre a cena de guerra?

Tyson Houseman: Bem, eu não filmei nada para ela pessoalmente porque tudo acontece quando estamos em forma de lobo, e os lobos são totalmente feitos por computação gráfica.

O que você pode nos contar sobre as refilmagens que foram feitas em abril? Foram longas, você sabe quais cenas foram refilmadas ou acrescentadas e se você estava envolvido em alguma delas?

Tyson Houseman: Eu realmente não faço ideia. Eu descobri sobre essas refilmagens por minha mãe. Ela me ligou um dia e disse "Ai, meu Deus, eles estão fazendo refilmagens, você está envolvido?" E eu respondi "Não faço ideia". Minha mãe está sempre de olho nas notícias sobre Crepúsculo para mim. Eu descubro tudo o que preciso saber através dela. Ela checa a internet bem mais que eu.

Você acompanha algum dos fan-sites de Crepúsculo na internet?

Tyson Houseman: Na verdade não. Eu tentei evitar isso um pouco. Lembro quando as primeiras imagens nossas saíram na internet, de todos os lobisomens, eu fui e dei uma olhada em um destes sites só para ver como era. Eu estava lendo todos aqueles comentários que diziam coisas como "Ah, esse cara não é certo para a personagem de jeito nenhum." Ou "Esse cara não é nem um pouco bonito" e era um monte de coisas insultantes deste tipo. Havia algumas coisas boas, mas um monte de coisas que magoavam também. Eu simplesmente tento evitar ler essas coisas na internet hoje em dia.

O que você pode nos contar sobre a alcateia e qual o papel dela neste filme?

Tyson Houseman: Bem, neste [filme] a alcateia está realmente tentando definir seu território e qual sua posição no filme, porque os vampiros são seus inimigos declarados. Jacob, o líder da alcateia, está obviamente apaixonado por Bella e este é um problema gigantesco para eles porque ela está envolvida com os vampiros. Então há este monte de confusão acontecendo e eles não sabem realmente onde estabelecer o limite, onde o limite está ou como deveriam se posicionar. Então as coisas meio que são levadas ao limite no fim quando toda a área que eles estão protegendo meio que fica ameaçada. Então há uma oportunidade para eles trabalharem com os vampiros então é uma luta territorial para os lobisomens.

O que você pode nos contar sobre sua personagem Quil Ateara?

Tyson Houseman: Ele é meio que o piadista, mesmo nas situações mais tensas ele provavelmente pode achar algo engraçado ou rude para dizer sobre alguém. Mas ele anima as cenas fazendo isso. Ele está sempre aberto para uma piadinha.

Você se identificou com sua personagem de alguma forma, há algum elemento de você mesmo que tenha sido injetado neste papel ou tudo aquilo estava no roteiro?

Tyson Houseman: Eu trouxe um pouco de personalidade para ele, mas foi realmente legal mergulhar nesta personagem porque já havia tantas similaridades. Somos parecidos na idade e ambos temos uma ascendência nativo-americana, o que realmente ajuda porque posso me relacionar com um monte de coisas de minha própria vida em termos desta personagem. Então fiquei muito, muito orgulhoso deles terem selecionado nativos americanos para eles papéis da alcateia. Algo que nem estava no roteiro, mas se tornou uma fonte para mim foi utilizar a experiência que eu realmente tinha em minha vida. Eu podia simplesmente jogar aquilo lá e cabia perfeitamente com a personagem. Era uma outra forma de me fazer ficar comfortável com as falas e com a personagem.

Quil é primo de Jacob e também seu amigo íntimo, você tem um bom relacionamento de trabalho com Taylor Lautner e como é atuar com ele?

Tyson Houseman: Ah, ele é um cara muito, muito legal. Do minuto em que você o conhece ele vira seu melhor amigo. Ele age muito bem com você e fala com você como se te conhecesse a vida toda. Eu lembro de quando estávamos fazendo Lua Nova e tinha esta cena onde eu me atracava de brincadeira com Taylor como Jacob. Todas as vezes que eu fazia a cena, porque eu era um cara franzino na época e Taylor era gigantesco, absolutamente malhado, então fazíamos a cena e eu tentava realmente entrar no momento e torná-la realística. Mas ele usava essa peruca realmente longa que ia até a cintura e todas as vezes que eu tentava agarrar a cabeça dele ou algo do tipo eles mandavam parar e o diretor entrava e dizia "Você está puxando a peruca dele sem querer, não chegue perto do cabelo." Então tive que achar outro jeito de lutar com ele e ficar perto de seus pés e foi realmente esquisito. Mas Taylor foi ótimo e realmente me ajudou nas técnicas de luta e coisa do tipo, então foi divertido.

Você passou por muito treinamento físico para estes filmes também, correto?

Tyson Houseman: É, eles colocaram a todos nós da alcateia para treinamento de malhação dois meses antes de cada filme. Foi realmente coisa pesada, mas foi uma experiência legal que nos conectou a todos. Antes de ter feito toda essa coisa de Crepúsculo, eu não era bom em nenhum esporte, nunca pratiquei nenhum esporte em toda a minha vida e era um cara pequenininho, mas acho que ganhei uns treze quilos de músculo agora.

O teste para Lua Nova foi seu primeiro teste para um filme e você obviamente conseguiu o papel, você pode falar sobre o processo e como você estava se sentindo quando soube que tinha conseguido o papel?

Tyson Houseman: Foi uma coisa muito, muito doida. Não foi um teste de verdade. Era só uma chamada aberta de elenco sobre a qual fiquei sabendo na internet. Eu descobri essa coisa que dizia que era para um grande longa metragem, nem dizia que era para Crepúsculo. Dizia apenas que eles estavam procurando por nativos americanos entre as idades de 15 e 25 anos e eu pensei, bom, eu me encaixo na descrição então vou aparecer lá. Eu fui lá e quando cheguei, havia uma fila de cinco quarteirões toda composta por fãs de Crepúsculo. Foi quando me dei conta de que era para Crepúsculo. Então fiz o teste e recebi um retorno, e uma semana depois me ligaram dizendo que tinha conseguido o papel.

Você ficou surpreso de ter sido de fato tão fácil?

Tyson Houseman: Definitivamente, eu fiquei muito surpreso. Quer dizer, de todos os outros autores com quem conversei em Vancouver eu sei que não era o jeito que deveria ter acontecido. Estou realmente grato, e me sinto muito, muito sortudo.

Você tinha consciência [do fenômeno] Crepúsculo e sua base de fãs antes de fazer o teste para Lua Nova?

Tyson Houseman: Eu não tinha noção disso, de jeito nenhum. Tinha ouvido falar do filme, mas não tinha ideia de que havia todos estes fãs acompanhando. Eu não tinha lido os livros e não conhecia nada sobre eles. Depois que fiz o teste comprei todos os livros, assisti o filme e os li em uma semana.

Quando você leu os livros, houve algo que acontece com sua personagem ou que ele chega a fazer que você realmente esperava representar nestes filmes?

Tyson Houseman: Pessoalmente, eu realmente estava empolgado de fazer toda essa coisa de lobisomem. Eu assumi que mesmo que eles fossem lobos de computação gráfica, ainda assim iríamos vestir algum tipo de traje de computação gráfica maluco, correr por aí de quatro e participar de um monte de lutas loucas, mas não fizemos nada disso e fiquei altamente desapontado. Foi tudo feito por dublês, eu acho.

Então há algumas cenas com a Claire, de dois anos de idade, a personagem com quem minha personagem sofre imprinting, só brincando em uma praia. Então eu assumi que iríamos fazer algo como aquilo e pensei "Bom, acho que vou brincar com um bebê, deve ser divertido e um dia fácil de trabalho." Eu lembro de conversar com Chris Weitz sobre isso e ele disse que eles iam realizar uma reunião e estavam discutindo sobre as cenas no roteiro. Eles estavam tentando bolar um jeito de fazer isso não parecer assustador com um cara musculoso, meio pelado, brincando com um bebê. Não teve jeito de fazer isso, ficaria muito estranho, então a cena foi cortada.

Finalmente, o que os fãs da franquia Crepúsculo podem esperar de Eclipse?

Tyson Houseman: Bem, acho que é definitivamente um filme mais amigável para os caras. A coisa que os fãs realmente devem esperar são as cenas impressionantes de ação. Estou realmente empolgado para ver como a coreografia fica e coisa do tipo.

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